domingo, 22 de maio de 2016

Jarra de flores castanhas - Lusitânia - Coimbra


Jarra de faiança moldada, em forma de balaústre bojudo com gargalo curto evasé e pé em meia-cana. Bojo decorado com composição floral pintada à mão em tons de castanho. A parte superior do bojo, de fundo castanho no prolongamento do estrangulamento do gargalo, é cintada por grandes flores, de duas espécies, intercaladas, que pendem com demais folhagem sobre o branco marfim do fundo. Pé uniformemente a castanho, tal como o gargalo. Interior branco. No fundo da base, pintado à mão, a castanho, «Lusitânia Coimbra».
Data: c. 1930-40
Dimensões: Alt.34,5cm


Não se pode dizer que tenhamos adquirido esta peça porque gostámos dela. Pelo contrário, não gostamos. Todavia, achámos curioso o facto de ter a mesma decoração da jarra quadrilobada que postámos em 7 de Janeiro de 2013 e que muito apreciamos. Esta jarra de flores castanhas é estranhamente grosseira e pesada, por contraponto à elegância da azul. Talvez pela dimensão, pela forma, pelo horror ao vazio e mesmo pela cor, ou tudo junto. Se na outra versão a composição respira, nesta tudo abafa, mesmo que se esvaia em direção à base.

Mas colecionar de uma maneira que diríamos científica – porque busca congéneres, relações, modelos, referências… - requer alguns sacrifícios à bolsa e ao olhar. Está escondida, mas se, porventura, nos libertássemos do parti pris e experimentássemos expô-la, até poderia ser que resultasse bem sem outra ornamentação nas proximidades, recortando-se no branco de uma parede. Talvez um dia...


Inserimo-la, no entanto, num certo gosto art déco de cariz popular e, também por isso, faz sentido integrá-la na nossa pequena colecção de peças da Lusitânia-Coimbra dedicada a essa gramática.


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