Jarra
ao gosto Arte Nova japonizante,
de porcelana moldada em forma de balaústre, com decoração policroma, pintada à
mão, em tons pastel, predominantemente de cinzas azulados. No dealbar de uma manhã sem nuvens, duas
borboletas esvoaçam em primeiro plano, servindo de repoussoir a uma paisagem campestre, de colinas suaves, que cinta
linearmente o bojo, e onde nos apercebemos de uma pequena casa rural que desponta
por detrás da curva suave de uma colina. Apercebemo-nos também da
copa de árvores que lhe estão próximas. Num plano intermédio a clara presença de três árvores recortadas contra o céu opalino. No fundo da base, carimbo verde
com coroa circundada por «Royal Copenhagen» sobre três ondas pintadas à mão a
azul. Também à mão, a verde, nºs 925 (decor) e 88B. (forma), e a azul «53» (nº
do pintor E. Gad).
Data: c.
1900 (Marca entre 1897 e
1922)
Dimensões: Alt.
13,5 cm x Ø 8,5 cm
Trata-se de um modelo de Arnold Krog, de 1893, que
recebeu uma decoração executada pelo pintor E. Gad, que trabalhou na fábrica Royal
Copenhagen de 1893 a 1932.
O
nascer do Sol, antevisto no toque opalino da alvorada, símbolo do renascer da
vida, tem correspondência no acordar das borboletas que iniciam o seu voo na
paisagem ainda adormecida. O Simbolismo da pintura complementa-se no japonismo
evidente da composição.
Gostamos deste tipo de peças da Royal
Copenhagen. Sendo umas mais meditativas e melancólicas que outras, de
uma maneira geral são apaziguadoras. Transmitem uma saudade bucólica a quem
nunca viveu numa paisagem assim, mas que sente falta dela na agitação da grande
cidade.
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