Caixa (boleira) art déco de faiança moldada e relevada, quadrangular, com decoração estampilhada e aerografada, a castanho-mel, de motivos geométricos e florais. A taça, mais larga no bocal e estreitando na base, apresenta quatro faces rectangulares cortadas na diagonal que, na parte superior são lisas e na inferior são caneladas. O triângulo inferior, canelado e de linhas paralelas transversais à diagonal, recebeu pintura a aerógrafo que, em esfumado, realça o relevo. O triângulo superior, liso, foi decorado com motivo vegetalista, igualmente estampilhado e aerografado, num intrincado de hastes, pequenas flores e folhas estilizadas. A tampa, quadrada e suavemente piramidal, tem, nas quatro faces, decoração semelhante à da parte inferior da taça, embora o canelado esteja alinhado da esquerda para a direita formando um efeito óptico diferente. No seu centro uma pega cúbica, rematada por pirâmide baixa, reproduz, de forma simplificada, a decoração da caixa propriamente dita. Assenta sobre pé saliente a castanho-mel. No fundo da base carimbo verde Lusitânia - FLCL – Coimbra – Portugal.
Dimensões: Alt. 12,5 cm x larg.17cm
Mais um exemplo de como a partir de modelos
estrangeiros, germânico como é o caso, a produção nacional concebeu uma peça utilitária
e decorativa com alguma originalidade para consumo popular. A modernidade
bauhausiana do padrão óptico linear, quase um tecido pregueado, é contrariada
pela presença da padronagem floral miúda que remete para um tecido estampado, numa
composição que lembra o patchwork. A
peça alemã, da Carstens
Gräfenroda, que serviu de modelo a esta versão nacional será apresentada no próximo
post.
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