Data: c. 1930
Dimensões: Alt. c. 11 cm x larg. 13,3 cm
A
grande diferença entre a presente caixa e a sua congénere portuguesa, que ontem
postámos, é a forma da tampa que neste caso é plana e com pega esférica.
Todavia, as diagonais da decoração da tampa deste exemplar germânico remetem
para a forma piramidal da solução portuguesa.
Embora
o efeito plástico final seja distinto em ambas as peças não deixa de ser
interessante notar que, em nossa opinião, nas duas o efeito óptico obtido
remete sempre para o têxtil. No caso da caixa alemã é como se a pintura a
aerógrafo simulasse grandes costuras num tecido grosso como lona.
Dada a ausência de criativos na área do design nas indústrias cerâmicas em Portugal antes da década de 50 do século XX dificilmente seria a Alemanha a copiar um modelo português pelo que foi a forma desta caixa que levou à concepção da peça da Lusitânia-Coimbra que, por sua vez, também será mais tardia.
A
cor laranja que tão frequentemente vemos em peças até à década de 1960, e que já referimos como sendo a cor art déco por excelência, provém de um
esmalte cerâmico de urânico. Este minério e seus compostos “coloridos” foi
muito utilizado em esmaltes cerâmicos para a mencionada cor laranja, mas também
para certos tipos de amarelo e preto, por exemplo, e para obter vidros de cor
verde-maçã.
Sem comentários:
Enviar um comentário