quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Taça art déco com motivo de pavões - Badonviller


Taça decorativa (talvez uma fruteira) de faiança fina, com motivo decorativo estampilhado de três aves (pavões) estilizadas ao gosto art déco, da fábrica de faiança Fenal, em Badonviller. Na base, carimbo a preto, F [de Fenal] envolvido por Badonviller – France, e 33.17. Carimbo castanho ==. Inscrito na pasta E [estrela] 25.
Data: c. 1920
Dimensões: Ø 28,5 cm x alt 5 cm

A decoração será de Géo Condé que, como já dissemos, trabalhou para as três fábricas propriedade da família Fenal, entre as quais se conta Badonviller.


Badonviller remonta a 1828, quando Nicolas Fenal se torna proprietário de uma olaria fundada em 1719, em Pexonne (Meurthe-et-Moselle). Após a sua morte, em 1857, sucedem-lhe seus filhos e sobrinhos que criam a marca Fenal Frères (FF). Um dos sobrinhos, Théophile Fenal, decide abrir a sua própria fábrica em Badonviller, tornando-se, assim, concorrente da outra unidade fabril em Pexonne.

Edouard. Em 1921 a família Fenal compra as fábricas de Lunéville e de Saint-Clément, qBadonviller a ser dirigida por seu filho Bernard. Para mais detalhes ver aqui.

Por oposição à jarra Rosenthal anteriormente postada, apresentamos agora uma taça de faiança onde claramente nos apercebemos de como a junção das mesmas técnicas económicas da estampilha e do aerógrafo são aplicadas em França com um espírito decorativo completamente diferente. Aqui a estampilha define com toda a exactidão os contornos do desenho, delimitando claramente as cores que são vivas, lisas e espessas, não dando lugar às gradações cromáticas permitidas pelo sfumato da pintura a aerógrafo tão usado pelos alemães. A França pouco cede à tentação do desenho mais vanguardista, apostando sobretudo na estilização de motivos facilmente reconhecíveis, sobretudo de animais e de flores, estilizados e, muitas vezes, geometrizados.

Curiosamente, em Portugal assiste-se a uma certa oscilação entre estas duas tendências, como teremos oportunidade de ir ilustrando.

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